sábado, 31 de março de 2012

DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL

Comemora-se já no próximo dia 2, o Dia Internacional do Livro Infantil. O cartaz deste ano é da autoria da ilustradora Yara Kono e a mensagem é de Francisco Hinojosa:

"Era uma vez um conto que contava o mundo inteiro. Na verdade não era só um, mas muitos os contos que enchiam o mundo com as suas histórias de meninas desobedientes e lobos sedutores..., de sapatinhos de cristal e príncipes apaixonados, de gatos astutos e soldadinhos de chumbo, de gigantes bonacheirões e fábricas de chocolate. Encheram o mundo de palavras, de inteligência, de imagens, de personagens extraordinárias. Permitiram risos, encantos e convívios. Carregaram-no de significado. E desde então os contos continuam a multiplicar-se para nos dizerem mil e uma vezes: “Era uma vez um conto que contava o mundo inteiro…”

Quando lemos, contamos ou ouvimos contos, cultivamos a imaginação, como se fosse necessário dar-lhe treino para a mantermos em forma. Um dia, sem que o saibamos certamente, uma dessas histórias entrará na nossa vida para arranjar soluções originais para os obstáculos que se nos coloquem no caminho.

Quando lemos, contamos ou ouvimos contos em voz alta, estamos a repetir um ritual muito antigo que cumpriu um papel fundamental na história da civilização: construir uma comunidade. À volta dos contos reuniram-se as culturas, as épocas e as gerações, para nos dizerem que japoneses, alemães e mexicanos são um só; como um só são os que viveram no século XVII e nós mesmos, que lemos um conto na Internet; e os avós, os pais e os filhos. Os contos chegam iguais aos seres humanos, apesar das nossas grandes diferenças, porque no fundo todos somos os seus protagonistas.

Ao contrário dos organismos vivos, que nascem, reproduzem-se e morrem, os contos são fecundos e imortais, em especial os da tradição oral, que se adequam às circunstâncias e ao contexto do momento em que são contados ou rescritos. E são contos que nos tornam seus autores quando os recontamos ou ouvimos.

E também era uma vez um país cheio de mitos, contos e lendas que viajaram durante séculos, de boca em boca, para mostrar a sua ideia de criação, para narrar a sua história, para oferecer a sua riqueza cultural, para aguçar a curiosidade e levar sorrisos aos lábios. Era igualmente um país onde poucos habitantes tinham acesso aos livros. Mas isso é uma história que já começou a mudar. Hoje os contos estão a chegar cada vez mais aos lugares distantes do meu país, o México. E, ao encontrarem os seus leitores, estão a cumprir o seu papel de criar comunidades, de criar famílias e de criar indivíduos com maior possibilidade de serem felizes."

ENCONTRO COM A ESCRITORA CIDÁLIA FERNANDES

A escritora Cidália Fernandes esteve na escola EB1 do Outeiro num encontro muito divertido com todos os alunos desta escola.






sexta-feira, 30 de março de 2012

AINDA O ACORDO ORTOGRÁFICO

Publicado no semanário Expresso, de 3/03/2012, este artigo de Francisco José Viegas, secretário de Estado da Cultura português, pretende esclarecer as dúvidas sobre a aplicação do Acordo Ortográfico. .

"É bom quando isto acontece: o país discute a sua Língua. Estamos pouco habituados a fazê-lo. Mesmo quando se trata apenas da ortografia, o debate revela que os portugueses estão disponíveis para que um tema desta natureza marque a “agenda política corrente”.
Decorridos vinte anos de negociações políticas e académicas, algumas declarações trouxeram para o espaço público um debate de âmbito plurinacional em torno da língua portuguesa. O trabalho científico, inicialmente liderado pela Academia Brasileira de Letras e pela Academia de Ciências de Lisboa, rapidamente se estendeu a toda a sociedade, para lá da esfera estritamente académico-filológica, prolongando o debate do qual resulta, afinal, o AO. Essa é, aliás, a grande virtude do AO: resulta da vontade de diferentes países coincidirem na elaboração de uma ortografia comum aos falantes de diversas proveniências geográficas. Por isso se chama Acordo.
É sobre este aspeto que convém sublinhar a importância de reunir e integrar diferentes contributos que visem a melhoria das bases que sustentam o AO. Esse trabalho compete aos estudiosos e investigadores e não, em circunstância alguma, ao poder político.
Tal não significa, porém, que o AO esteja em causa, tal como não está a vontade expressa de aproximação dos Estados envolvidos. Nem faria sentido, neste momento e depois dos avultados investimentos que os sectores público e privado realizaram nas nossas escolas, voltar atrás nas decisões essenciais sobre o AO. De resto, a resolução do Conselho de Ministros de janeiro de 2010 resulta de um diálogo entre diversos países e instituições académicas e o AO está em vigor desde janeiro de 2012 em todos os organismos sob tutela do Estado. O poder político não porá em causa esse esforço que visa a afirmação de uma identidade ortográfica comum entre os países unidos pela língua portuguesa.O debate atual mostra-nos, no entanto, que não existe unanimidade sobre a matéria. Nunca existirá. Mas é possível aproximarmo-nos desse ponto.
Não se trata, ao contrário do que supõem algumas vozes pouco familiarizadas com o debate (ou que fazem dele motivo de escândalo), de pôr em causa o AO; trata-se, isso sim, de incorporar sugestões e melhorias ao corpo dessa reforma negociada entre os vários países subscritores. As minhas declarações sobre o assunto (e sou insuspeito, como autor da primeira coluna diária da imprensa portuguesa conforme às regras do AO) vieram nesse sentido. É claro que eventuais alterações muito pontuais não podem ser definidas unilateralmente, mas no contexto multinacional de que o AO resulta. Seria absurdo que não se conseguisse esse consenso quando se trata do nosso idioma, um bem inestimável que identifica milhões de falantes e que pode abrir as portas a um maior entendimento entre eles.
O debate político frequentemente resvala, entre nós, para um modelo inquisitorial; é uma pena. Mesmo os que declararam a possibilidade de introduzir “alterações pontuais” ao AO imediatamente ergueram a sua voz para clamar contra a introdução dessas mesmas alterações. É isto que não se compreende."

terça-feira, 27 de março de 2012

SEMANA DA LEITURA 2012 - TEATRO

Hoje, comemora-se o Dia Mundial do Teatro.
Antecipando a data, durante a Semana da Leitura foram apresentadas algumas peças de teatro e leituras dramatizadas.

Dia 19 de março:
  • "Os dez anõezinhos da tia Verde-Água", na versão de Luísa Dacosta, in Teatrinho do Romão, pelos alunos do Clube de Solidariedade, coordenados pela professora Paula Flambó.



  • "Parábola dos sete vimes", na versão de Trindade Coelho,  in Os meus Amores, pelos alunos do 5ºC, coordenados pela professora Cristina Ferreira.




Dia 22 de março:
  • Vasco da Gama um herói português na demanda da Índia, de Ana Oliveira, pelo Clube de Teatro coordenado pela professora Sílvia Correia.


  • “Um tribunal na sala de aula”, de Maria Alice Sarabando, in Contos de um mundo com esperança, pelos alunos do 8ºB, coordenados pela professora Anabela Ferreira




segunda-feira, 26 de março de 2012

SEMANA DA LEITURA 2012 - ENCONTRO COM A ESCRITORA ANABELA MIMOSO

Dia 20 de março: alunos de 6º ano à conversa com a escritora Anabela Mimoso sobre os seus livros, o ato de escrita e a leitura.
Segundo a autora, a criatividade não existe, tudo o que se escreve é real, até fadas e bruxas. O que o escritor escreve são as imagens (daí a imaginação) que tem na cabeça, fruto do que vê à sua volta, logo, tudo é real.







SEMANA DA LEITURA 2012 - LER A MÚSICA

19 de março: concerto dedicado aos pais, com orquestra, coro e poesia, pelas três turmas do ensino articulado de Música e respetivas professoras.






SEMANA DA LEITURA 2012 - TERTÚLIA

Dia 19 de março







SEMANA DA LEITURA 2012 - "PARA TUDO E LÊ"








ANTONIO TABUCCHI

Mais uma perda para a Literatura.

Antonio Tabucchi nasceu em Pisa, Itália, em 1943. Conheceu Portugal desde os 22 anos e considerou-o o seu “país de adoção”. Apaixonado pela obra de Fernando Pessoa, traduziu e dirigiu a edição italiana dos textos do autor. Faleceu, ontem, em Lisboa, aos 68 anos.
No único livro deste escritor que se encontra na BE, Afirma Pereira, o autor dá a conhecer a asfixia cultural que se vivia durnate a ditadura salazarista.

Escreveu Tabucchi:
"Para escrever tem de haver uma urgência, um desejo. Tem de me apetecer escrever como me apetece comer uns pastéis de nata. Preciso daquilo, naquele momento."

domingo, 25 de março de 2012

MICROCONTOS EM 77 PALAVRAS








A Patrícia Dias, do 7ºD, aceitou o desafio da escritora Margarida Fonseca Santos e, impulsionada pela professora bibliotecária e pela professora de português, escreveu um microconto em 77 palavras, intitulado "Uma viagem inesquecível". Depois de enviado por email, foi publicado no blogue 77palavras e, agora, também em suporte papel, na revista Pais&Filhos de abril, que já está nas bancas.

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