quinta-feira, 29 de novembro de 2007

MALDITA MATEMÁTICA!



A propósito do estado da Matemática no país, leia-se este artigo do jornal A página da educação sobre um conto humorístico intitulado Maldita Matemática escrito pelo escritor russo Arkady Averchenko. Provavelmente foi neste conto que se inspirou Álvaro Magalhães para escrever o seu conto com o mesmo título. Digo eu!

DAR LEITORES AOS LIVROS

"Dar leitores aos livros" é o nome do projecto interdisciplinar de leitura que o grupo de Língua Portuguesa do 3º ciclo apresentou ao PNL, tendo sido aprovado e financiado com €1500. Este projecto tem como objectivos criar comunidades leitoras e construir saberes. Pretende-se que estas comunidades incluam alunos, professores, pais e auxiliares de acção educativa que partilhem livros e leituras e criem cumplicidades. Os livros seleccionados são o (pre)texto para se trabalhar o tema "Promoção para a saúde - estilos de vida saudável" e estão a ser lidos em várias disciplinas pelo que está a acabar o mito que a leitura só se faz nas aulas de Língua Portuguesa. Aqui ficam as sinopses e/ou recensões de alguns destes livros que abordam o tema da toxicodependência, alcoolismo, distúrbios alimentares, gravidez na adolescência e Sida.
Outros títulos:
Tchim e a alimentação, Graça Gonçalves
Depois daquela viagem, Valéria Polizzi
A minha vida não é nada disto, Alexandre Honrado
O bebé de Anna, Unni Lindell
Tão cedo, Marta, Maria Teresa Gonzalez
A lua de Joana, Maria Teresa Gonzalez
Primavera Interrompida, Daniel Marques Ferreira
Na rota da ilha da tosse, José Jorge Letria
Em parceria com o Plano da Matemática e para serem lidos nas aulas de Estudo Acompanhado (disciplina direccionada para a Matemática) foram seleccionados estes livros:
Maldita Matemática, Álvaro Magalhães
Pequeno livro da desmatemática, Manuel António Pina
Matemáticas assassinas, Kjartan Poskitt
Terríveis Matemáticas: Alice no país dos números, Carlo Frabetti
Para qua a Matemática seja sentida com poesia, está previsto um concurso de poemas com o tema "Matemática com amor".
O livro Tchim e a alimentação inclui uma peça de teatro que vai ser representada pelos alunos do grupo de teatro coordenado pela profª Manuela Duarte.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

WIKI SOBRE ESCRITORES E ILUSTRADORES

Não são escritores conhecidos no mundo da literatura infanto-juvenil. No entanto, escreveram algumas estórias para crianças e/ou jovens cuja informação se encontra aqui, numa Wiki que ainda não está completa mas que já tem alguma informação para quem quer saber mais sobre livros, respectivos autores e ilustradores. Boas leituras!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

CIENTISTAS DESPENTEADOS (II)

Se a Mariana, em Factos da Vida, é uma cientista com aspecto de top model, o Dr. Dyer é um cientista mesmo despenteado conforme descrição da página 11: "O homem tinha um ar sério, mas olhos como faíscas. O que mais se salientava era o seu cabelo despenteado e as suas sobrancelhas espessas e negras."
Quem nos faz lembrar esta descrição? Pois é! Albert Einstein. Mas não é ele a personagem. O despenteado é o Dr. Dyer, o director de uma Academia de Ciências, escola em regime de internato, com fama de ter um ensino de qualidade. Jamie é enviado para esta escola e vai escrever um diário onde regista todas as peripécias e aventuras vividas no mundo da ciência. Que aventuras são essas? Os laboratórios irão explodir? Pior do que isso! "O mundo está à beira do caos científico; os aparelhos já não funcionam, a Internet falhou; e, num pequeno colégio, o nosso herói, Jamie, vê-se enredado num plano malévolo." (contracapa do livro)
Este livro foi eleito o nº 1 dos 10+ de Ciência pelas Edições 70, e o seu autor, Russell Stannard, é um cientista contador de histórias cujos livros explicam a ciência de forma clara e divertida. Fã de Einstein desde que descobriu as suas teorias, usa-o como personagem na colecção com os títulos:
O tempo e o espaço do Tio Alberto
Os buracos negros do Tio Alberto
Perguntem ao Tio Alberto
O Tio Alberto e o mundo dos quanta


Para saber mais sobre outros livros do autor, clicar aqui.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

QUEM DISSE QUE OS CIENTISTAS SÃO UNS LOUCOS DESPENTEADOS?

Em Os Factos da Vida, o último livro de Ana Saldanha, entramos num mundo muito sério – o mundo da ciência – mas de forma muito divertida. Afinal, os cientistas não são uns loucos despenteados, como julgavam a Carla, a Toninha e o Nuno. Que o diga a Mariana, prima da Carla, uma cientista com aspecto de top model.
Cada atitude das personagens vai levar o narrador a uma citação. De citação em citação, ficamos a conhecer os pensamentos de muitos cientistas (uns mais conhecidos, outros menos, depende da cultura de cada um!). De Bernard Shaw (o primeiro a ser citado) a Francis Bacon (o último) passando por Marie Curie, Einstein, Charles Darwin e tantos outros, é grande o rol de frases e ensinamentos. Temas como a hereditariedade, a manipulação genética, a clonagem, as experiências laboratoriais com animais e até os trabalhos dos alunos que não passam de cópias da Internet são debatidos com muito humor (e algumas piadas infelizes do Rolhas!). Divertidas, também, são as propostas de verificação de conhecimentos, como por exemplo as da página 35:
  1. "A quem é que Albert Einstein deitou a língua de fora? Concordas com a sua atitude?"
  2. "Sabes quem foi Marie Curie? Se a tua resposta é negativa, não justifiques a tua ignorância - é injustificável."
  3. "Os piercings são uns roedores nocturnos da Nova Zelândia que se encontram em vias de extinção. Verdadeiro ou falso?"
  4. "Parece-te que o Nuno curte a Carla?"
Mau, mau, é o facto de os três amigos terem feito um trabalho tão criativo sobre cientistas e a professora de Ciências não ter acreditado que eles eram realmente os autores. Factos da vida!...

domingo, 18 de novembro de 2007

OS LIVROS SÃO PASSAPORTES



Costumo dizer que os livros são como as cerejas: pega-se num e logo vêm uns quantos atrás.
Lendo, temos oportunidade de viajar, viver aventuras, emoções fortes, chorar, rir ou simplesmente sorrir, desvendar mistérios, entrar em mundos desconhecidos...
Viajei pelo Brasil e conheci a magia do mar, os rituais do candomblé, a miséria dos meninos de rua, entregues à sua própria sorte e a quem tudo lhes é negado incluindo o afecto, quando li Mar Morto e Capitães da Areia, de Jorge Amado.
Fiz uma viagem no tempo e mergulhei na Idade Média quando li A Papisa Joana de Donna Woolfolk Cross. Com este livro senti profundamente o quanto sofriam as mulheres por viverem numa sociedade que lhes negava o direito a tudo, incluindo o direito a serem inteligentes.
Viajei até Paris do século XVIII através do livro O Perfume do alemão Patrick Suskind. Entrei directamente nos ateliers dos perfumistas e vivi momentos arrepiantes proporcionados pela personagem principal, uma figura monstruosa que mata para encontrar o perfume ideal sinónimo da forma suprema da Beleza.
Fiz mergulho submarino, conheci as profundezas do mar e as paisagens magníficas de Varadero, em Cuba, quando li Bailado de Sombras de Miguel Miranda.
Deliciei-me e emocionei-me com a personagem Pompeia em O Vento e a Lua - história de uma vagabunda de Rita Ferro, uma criança deixada aos seis meses, num galinheiro, com três biberões de leite, enquanto os pais iam trabalhar. E Pompeia cresceu em liberdade, à solta como o vento e a lua.
Da literatura dita juvenil, foram vários os livros que me fizeram vibrar e pensar. Destaco, no entanto dois autores recentes: Alexandre Honrado e Daniel Marques Ferreira. Do primeiro, Sentados no Silêncio e os livros da colecção "Casos da Vida Real; do segundo, Quarto com Vista para o Paraíso e Primavera Interrompida. Todos eles me levaram ao encontro de jovens perdidos no meio dos seus problemas provocados por famílias desmembradas, sida, droga, anorexia, suicídio, gravidez precoce.
E, viagem maravilhosa é a que fiz de planeta em planeta, acompanhando O Principezinho de Antoine de Saint-Exupéry. Uma história terna sobre a tristeza e a solidão, uma forma filosófica e poética de reflectir sobre os valores da vida.
Muitos mais me levariam a escrever mas, então, não terminaria o texto tantos foram os livros que li, que adorei ler, que me fizeram passar momentos tão bons e esquecer tudo à minha volta. Não quero, porém, deixar de fazer referência a quem me fez passar horas e horas magníficas: Luís de Camões, Miguel Torga, Fernando Namora, Alves Redol, Eça de Queirós, José Saramago, Sophia de Mello Breyner Andresen, Ilse Losa, Eugénio de Andrade, Isabel Allende, Gabriel Garcia Marquez, Luís Sepúlveda, Maximo Gorki, Dostoievsky, Emílio Zola, Albert Camus...
Os livros são o meu calmante, o meu refúgio, o meu tesouro.

Ana Paula Oliveira


Hoje, apesar das viagens "low cost", viajar continua a ser muito caro e ainda não é acessível a toda a gente. Há que encontrar alternativas: os livros. Também são caros, é um facto, mas não precisam de ser comprados. Para isso cá estão as bibliotecas, escolares e municipais, que os emprestam. A BE de Arrifana lançou o convite à evasão através de dois cartazes turísticos e criou um power point, convidando à viagem sem sair do sofá, intitulado "A volta ao mundo em 80 livros".
Duas pessoas, bem conhecidas, também convidaram os leitores a viajar com elas e os seus textos podem ser consultados no site da DGLB:

Alice Vieira faz o convite num guia orientador de leitura intitulado "Viajar nos livros", ilustrado por João Caetano.
Paula Moura Pinheiro publicou uma selecção bibliográfica intitulada "...novo céu e novas estrelas... viajar nos livros".

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

INÍCIO DA AVENTURA


Os livros. A sua cálida,
terna, serena pele. Amorosa
companhia. Dispostos sempre
a partilhar o sol
das suas águas. Tão dóceis,
tão calados, tão leais,
tão luminosos na sua
branca e vegetal e cerrada
melancolia. Amados
como nenhuns outros companheiros
da alma. Tão musicais
no fluvial e transbordante
ardor de cada dia.


Eugénio de Andrade, Ofício da Paciência

Nada melhor do que um poema de Eugénio de Andrade para começar a escrever sobre livros para que eles se transformem na companhia leal tão necessária no nosso quotidiano.
Este é o poeta seleccionado para o passatempo literário de Novembro. Resolvê-lo é conhecer melhor a sua poesia e saber mais.

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